Porquê SAEntista?



* Trata-se de um neologismo da autora, que diz respeito ao enfermeiro cientista, estudioso em relação à sua própria ferramenta de trabalho que é a SAE !





Quem gerencia este espaço?



* Dra.Josianne Corrêa Cardoso, Enfermeira em Belém do Pará. Trabalha na área desde 1997 (UEPA) , sendo pós graduada em Oncologia (UEPA) e Mestre em Gestão de Organizações Públicas (NAEA-UFPA).

Atualmente é supervisora de Enfermagem (HUBFS), além de ser Auditora Interna de Prontuários de Óbitos (HOL).



* Estudiosa no assunto, coleciona livros sobre a SAE e costuma proferir palestras em locais diversos sobre o tema.





Porquê a criação deste espaço?



* Compreendendo a dificuldade de alguns enfermeiros em adquirir livros sobrea a SAE, aliado à escassez de tempo que eles têm para se desenvolver no assunto, resolveu-se dar esta pequena contribuição, repassando o que se conseguiu aprender ao longo destes anos.



Um abraço carinhoso a todos os visitantes deste espaço!





quinta-feira, 8 de abril de 2010

Modelo Bifocal de Prática Clínica

Em 1983, Carpenito publicou oficialmente o MBPC. Trata-se de um modelo assistencial, onde encontramos os DE da NANDA-I, organizados sob os PFS (ver glossário).

Em linhas gerais, consiste no reconhecimento de que há duas situações clínicas pelas quais o enfermeiro é reponsável, ou seja, há duas situações que necessitam do cuidado da enfermagem: Diagnóstico de Enfermagem (DE) e Problema colaborativo (PC).

NOTA: PC é um termo macro, tipo, PC: pulmonar. Complicação Potencial, ou CP, é micro, tipo, CP: asma. Quando vamos escrever um problema colaborativo, escrevemos a sigla CP. Exemplo: CP:anemia, ok? Releia esse parágrafo, para fixar.

OBS:Há os pressupostos do MBPC, numa postagem anterior, aqui nesta plataforma mesmo.

Também podemos dizer que no MBPC existem dois tipos de julgamentos clínicos, ou ainda, diagnósticos clínicos. Então, fora da Carpenito, a abordagens das demais literaturas são voltadas somente para os DE, ou seja, principalmente para os DE. Não esquecendo que os DE "são julgamentos clínicos sobre as respostas do indivíduo, da família ou da comunidade aos problemas de saúde/processos de vida reais ou potenciais . Os diagnósticos de enfermagem proporcionam a base para a escolha das intervenções de enfermagem que visam à obtenção de resultados pelos quais o enfermeiro é responsável" (NANDA, 1998). Os PC "são determinadas complicações fisiológicas que o enfermeiro monitora para detectar o surgimento ou as modificações no estado. O enfermeiro controla os problemas colaborativos usando intervenções prescritas pelos médicos e pela enfermagem, na tentativa de minimizar as complicações dos eventos (Carpenito-Moyet, 2004). Em linhas gerais, trabalhar sem PC é deixar uma parte das intervenções de enfermagem sem justificativa! Se não é DE, é o que, quando prescrevo:"observar e anotar a quantidade e o aspecto de um sangramento vaginal"? Ou quando peço para: "Observar e anotar a ocorrência de dispnéia e avisar a enfermeira plantonista"? Esse modelo mostra realmente todo o escopo da enfermagem.

Usando o MBPC, estamos abrangendo todas as intervenções possíveis ao cliente, para um atendimento de qualidade e satisfatório. E mais, com respaldo científico!

Relembrando:

No DE, percebemos que as interverções são de inteira responsabilidade do enfermeiro.

Na CP (ou PC), a responsabilidade do enfermeiro é dividida com outra categoria profissional, no caso, médico (com maior frequência),assistente social, psicólogo, dentre outros.

Friso que:

- Para os DE, o enfermeiro prescreve o tratamento definitivo para a situação e é reponsável pela obtenção dos resultados.

- Para as CP, o enfermeiro monitora as condições do cliente para detectar o surgimento ou o estado das complicações fisiológicas, além de controlar os eventos com prescrições prescritas por si e pelo médico.

Outro fato importante diz respeito às intervenções. Temos as prescritas pelo médico e as escritas pelo enfermeiro.

NOTA: Tanto para DE como para PE, as decisões dos enfermeiros são INDEPENDENTES!

As intervenções prescritas pelo enfermeiro (IE: intervenção de enfermagem) são aquelas em que ele pode, legalmente, ordenar para serem implementadas pela sua equipe. Essas IE tratam, previnem e monitoram os DE. Também controlam e monitoram os PC.

As prescrições médicas(PM) representam os tratamentos para os PC, que os enfermeiros iniciam e controlam.

As CP necessitam tanto de IE (que algumas vezes constam nas PE - prescrição de enfermagem) quanto de PM.

Não entenderam sobre IE e PE?

Pois bem, aproveitando o ensejo:

IE: tudo o que o enfermeiro planeja e executa (ou faz-se executar por outros membros da equipe de enfermagem), tendo como base os DE/CP.

PE: tudo o que é escrito na papeleta única (ou prontuário eletrônico) pelo enfermeiro. Lógico, após a estipulação dos DE e planejamento com estipulação dos RE (resultados esperados).

Nem sempre toda IE consta na PE. Algumas vezes intervimos, sem colocar em formato de PE. Mas também não podemos deixar de registrar! Quando não prescrevemos uma IE, colocamos a mesma no final da nossa evolução, nesse formato: Conduta ou CD: encaminhado..., orientado...realizado...Ok, gente?

Ah, ia esquecendo que retirei boa parte dessas informações dos livros da Carpenito, cujas capas estão em postagens anteriores, aqui mesmo nesta plataforma.

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