Boa vontade e palavras não bastam!
Muito lindo: regimento do Departamento de Enfermagem com tudo certinho (teorias utilizadas, modelo assitencial, filosofia do serviço, atribuições...). Impressos que contemplem as fases obrigatórias da SAE e manuais de Diagnósticos de Enfermagem espalhados pelos setores.
A existência de todos os ítens materiais não garante que a SAE seja realidade e tão pouco, desempenhada com qualidade num estabelecimento de saúde.
Uma revisão de prontuários diária, frequência controlada pela coordenação de enfermagem das reuniões do grupo de estudo, hum...tudo de bom. Mas...
Não sei o que se passa na cabeça de alguns coordenadores que não abraça a causa.
Isso é irritante!
Às vezes, gastamos saliva à toa, mesmo porque ainda perdura o modelo arcaico de desempenhar a enfermagem como um etérno "apaga-chamas".
O mais gritante de tudo é que ainda há instituições de saúde que não possui sequer um requisito mínimo para que a SAE seja realizada!
E porque será que os enfermeiros, as massas não se mobilizam? Porque é mais trabalho, não é? Perda de tempo. Ter que estudar...atrasar as repetitivas TAREFAS, muitas das vezes totalmente fora da alcunha da enfermagem.
Friso aqui que não basta fornecer tudo para que a SAE ocorra, se a mente da maior parte dos enfereiros não for trabalhada para se voltar para a ciência.
Outro problema é que NÃO NOS DÃO OS subsídios necessários para a SAE acontecer de verdade, gente!
Há uma série de REQUISITOS MÍÍÍNIMOS que precisam ser contemplados! Providenciar só alguns deles, só pra não dizerem que a diretoria de enfermagem não fez nada, fala sério...
Perdoem-me a contundência das palavras, mas há situações em que o eufemismo tira o real significado da situação.
Agora, colocar a culpa do fracasso, num pequeno grupo detentor de certo conhecimento sobre a SAE, é no mínimo injusto.
Não é porque sei sobre o assunto que sozinha daria conta de toda uma categoria.
A mudança de uma cultura intrainstitucional não é impossível, mas requer planejamento, seriedade e persistência de um grupo com poder sobre a cúpula administrativa e sobre as massas.
Enquanto isso, como disse Lulu Santos....
"Assim caminha a humanidade, em passos de formiga e sem vontade..."
Ah, ia esquecendo: bem que o nosso conselho de classe poderia ser mais atuante, através de suas camaras técnicas. Fazer vistoria nos locais que ainda não possuem a SAE implantada e dar um prazo para isso. Até agora, ainda não vi grande coisa. Pelo menos por aqui por Belém.
2 comentários:
Louvado Seja DEUS
Eu encontrei uma pessoa que como eu está demasiadamente indignada
Eu sou uma grande apreciadora da SAE. Me formo em Junho e acredito que o quadro poderá ser mudado, mas fico irritada com a falta de concientizaçao e a estagnaçao de nossos representantes na busca dos nossos direitos e valorizaçao profissional. Adorei a postagem
vou repassar no meu blog
abraços
Concordo plenamente com o ponto de vista. E o pior é quando a instituição não possui nem o plano nem os impressos, e o enfermeiro se vê sobrecarregado de funções, como é o meu caso... aguardo ansiosa o dia em que seremos OBRIGADOS a utilizar a SAE. Se não utilizarmos teorias científicas ao exercer nosso trabalho,não passaremos de meras babás, fazemos um trabalho quase que domiciliar, doméstico...
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